domingo, maio 06, 2007

o candidato





Na passada semana foi tempo de ir ao teatro Tivoli ver a peça “Sua Excelência O Candidato”.

Apresentada como “uma peça sobre os bastidores da politicagem brasileira, expondo a verdadeira face do poder”, afinal a peça revelou-se como um simples enredo de boulevard, divertido mas sem a profundidade que era publicitada.

Apresentado Gianecchini como interprete central da peça, afinal o actor não foi o foco nem o motor do divertimento que esta peça nos traz.

O conflito central envolve um jovem candidato a um cargo público, Orlando (Reynaldo Gianecchini), cuja amante, Laura (Lara Cordlola) é esposa de Ezequiel (Paulo Coronato), o chefe político que será responsável pela sua escolha.

Junte-se a isso a mãe solteira Marli (Roseli Silva), que depois de dez anos procura o pai da criança, o possível candidato.

Para culminar, acrescente-se um assessor bajulador, Atos (Norival Rizzo), um mordomo-travesti, Eurípedes (Wilson de Santos) e um japonês, Kagashima (Massayuki Yamamoto), líder sindical dos hortifruticultores de Cotia.

Ora é exactamente à volta das personagens do mordomo Euripedes e do assessor Atos que se desenvolvem todas as contradições, confusões, coincidências e enganos de que esta comédia é tecida. E é exactamente do talento dos respectivos actores que o sucesso desta peça vive. Em particular do magnífico Wilson dos Santos.

De facto quer Santos quer Rizzo são óptimos e destacam-se de toda a restante companhia, que apesar de desempenhos correctos, são completamente ofuscados por aqueles seus dois colegas.
Faço uma ressalva relativamente a Yamamoto cujo desempenho, ou por inabilidade sua ou por opção erradíssima do encenador tem um desempenho num registo completamente desfazado de todas as restantes interpretações.

Facto curioso foi verificar que boa parte da assistência era feminina e que não se inibiu de demonstrar que mais do que ver uma peça de teatro foi ver Gianecchini!

Gianecchini fez, no palco, o que lhe competia, bem feitinho… mas sem rasgos… Fora do palco foi o chamariz para uma peça que, talvez sem ele não tivesse nem metade do publico que encheu durante a semana lisboeta o Tivoli.

Do Brasil já nos chegaram coisas mais interessantes… No entanto quem assistiu à peça não deu o tempo por perdido. O riso e a diversão também fazem falta.


1 comentário:

  1. O Giani é um amor. Representa bem, é lindo e foi o melhor da peça.

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