terça-feira, agosto 12, 2008

Uma memória musical! Qualidade ou lucro?

Volto hoje à música, como uma canção de expressão francesa de que gosto muito!

E volto por um caminho que gosto de percorrer. O das recordações da EUROVISÃO





Volto também com uma pequena reflexão mais genérica, partindo da seguinte questão:

Porque é que os meios de comunicação, nomeadamente rádios e televisões, não procuram educar o gosto dos mais jovens e, pelo contrário, transmitem sobretudo a mediocridade?

Creio que a resposta é simples:

É o interesse financeiro que conta! Na verdade por cada bom autor, há decerto muitas dezenas de medíocres, e se educássemos os mais jovens apenas a gostar do que é bom, o número de músicas vendáveis diminuiria, pois seria a qualidade a comandar as opções das pessoas.

E quando a quantidade do que é vendável diminui, os lucros das companhias discográficas reduz-se…

Seria uma desgraça para editoras, rádios e televisões que as pessoas começassem a querer apenas o que é bom! A exigir qualidade!



E esse é o problema.

O Festival da Eurovisão traduziu sempre muito bem essa luta entre qualidade e interesses comerciais, mostrando que, infelizmente, se encontram demasiadas vezes em campos opostos.

O ano de 1978, por exemplo, deu-nos, na minha modesta opinião, um interessante exemplo disto mesmo!

Nesse ano a canção vencedora deu pelo nome de A-ba-ni-bi, e era cantada pelos israelitas Izhar Cohen and Alphabeta.

Foi uma canção que passou nas rádios até à exaustão e que depois se eclipsou, como aliás seria previsível!



Contudo, nesse Festival surgiu uma canção, que sem ser excepcional, era bem mais interessante e que, após a luta de que falei acima, acabou convenientemente relegada para o 2º lugar.

Após o concurso euroviseiro, enquanto que a vencedora nos era "impingida" de segundo a segundo, a outra quase que ficou sequestrada nas gavetas das estações radiofónicas, acabando inevitavelmente por ser remetida para um quase total esquecimento.

Por não prestar? Na minha opinião, não terá sido obviamente o caso! Isso, aliás, nunca foi motivo para que uma música não passasse na rádio!






Por ser de expressão francesa? Poderá ser, uma das razões!

Por não se enquadrar na moda do momento? Pode ser outra razão!

O certo, é que o tema central de ambas as canções é o AMOR e cada uma trata-o à sua maneira. As opções editoriais preferiram a isrealita.

A tal canção de expressão francesa que referi no início deste post e que, 30 anos depois, ainda me dá muito prazer ouvir, chama-se L'Amour ça fait chanter la vie, foi a representante da Bélgica nesse já distante festival eurovisivo!

É com o maior gosto que, à simples medida de um pequeno blog, a desejo retirar do ostracismo a que foi votada e recordá-la aqui, na voz do seu excelente interprete, Jean Valleé, esperando que gostem tanto dela quanto eu!



L'amour, ça vous met dans le cœur Des crayons de couleurs pour dessiner le monde
L'amour, on devient musicien
De vrais petits Chopin, rien que pour une blonde
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait changer la vie L'amour, ça vous met dans les yeux Un regard fabuleux qui vous change un visage
L'amour, ça vous donne des ailes Pour monter dans le ciel jusqu'au septième étage
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait changer la vie L'amour, c'est un grand magicien Qui vous change un chagrin en moins d'une seconde
L'amour, en un mot comme en cent Ça vous donne vingt ans dans tous les coins du monde
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait chanter la vie