E volto por um caminho que gosto de percorrer. O das recordações da EUROVISÃO
Volto também com uma pequena reflexão mais genérica, partindo da seguinte questão:
Porque é que os meios de comunicação, nomeadamente rádios e televisões, não procuram educar o gosto dos mais jovens e, pelo contrário, transmitem sobretudo a mediocridade?
Creio que a resposta é simples:
É o interesse financeiro que conta! Na verdade por cada bom autor, há decerto muitas dezenas de medíocres, e se educássemos os mais jovens apenas a gostar do que é bom, o número de músicas vendáveis diminuiria, pois seria a qualidade a comandar as opções das pessoas.
E quando a quantidade do que é vendável diminui, os lucros das companhias discográficas reduz-se…
Seria uma desgraça para editoras, rádios e televisões que as pessoas começassem a querer apenas o que é bom! A exigir qualidade!
E esse é o problema.
O Festival da Eurovisão traduziu sempre muito bem essa luta entre qualidade e interesses comerciais, mostrando que, infelizmente, se encontram demasiadas vezes em campos opostos.
O ano de 1978, por exemplo, deu-nos, na minha modesta opinião, um interessante exemplo disto mesmo!
Nesse ano a canção vencedora deu pelo nome de A-ba-ni-bi, e era cantada pelos israelitas Izhar Cohen and Alphabeta.
Foi uma canção que passou nas rádios até à exaustão e que depois se eclipsou, como aliás seria previsível!
Contudo, nesse Festival surgiu uma canção, que sem ser excepcional, era bem mais interessante e que, após a luta de que falei acima, acabou convenientemente relegada para o 2º lugar.
Após o concurso euroviseiro, enquanto que a vencedora nos era "impingida" de segundo a segundo, a outra quase que ficou sequestrada nas gavetas das estações radiofónicas, acabando inevitavelmente por ser remetida para um quase total esquecimento.
Por não prestar? Na minha opinião, não terá sido obviamente o caso! Isso, aliás, nunca foi motivo para que uma música não passasse na rádio!
Por ser de expressão francesa? Poderá ser, uma das razões!
Por não se enquadrar na moda do momento? Pode ser outra razão!
O certo, é que o tema central de ambas as canções é o AMOR e cada uma trata-o à sua maneira. As opções editoriais preferiram a isrealita.
A tal canção de expressão francesa que referi no início deste post e que, 30 anos depois, ainda me dá muito prazer ouvir, chama-se L'Amour ça fait chanter la vie, foi a representante da Bélgica nesse já distante festival eurovisivo!
É com o maior gosto que, à simples medida de um pequeno blog, a desejo retirar do ostracismo a que foi votada e recordá-la aqui, na voz do seu excelente interprete, Jean Valleé, esperando que gostem tanto dela quanto eu!
L'amour, ça vous met dans le cœur Des crayons de couleurs pour dessiner le monde
L'amour, on devient musicien
De vrais petits Chopin, rien que pour une blonde
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait changer la vie L'amour, ça vous met dans les yeux Un regard fabuleux qui vous change un visage
L'amour, ça vous donne des ailes Pour monter dans le ciel jusqu'au septième étage
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait changer la vie L'amour, c'est un grand magicien Qui vous change un chagrin en moins d'une seconde
L'amour, en un mot comme en cent Ça vous donne vingt ans dans tous les coins du monde
L'amour, c'est tellement fantastique Ça met le bonheur en musique
Ça rit de toute sa symphonie L'amour, ça fait chanter la vie
Un enorme obrigado por teres trazido até nós esta notável canção de amor; sou sincero, adoro música francesa, mas não me recordo desta canção nesse festival e é pena, pois ainda recordo (mal) algo da canção vencedora, nitidamente comercial e muitos furos abaixo desta canção da Bèlgica.
ResponderEliminarAbraço.
Cordiais saudações,
ResponderEliminarGostaria de lhe dizer que entendo o que diz e até talvez não discorde.
Gostaria no entanto de o alertar para a seguinte reflexão.
Como se pode aferir o que tem qualidade? Qual o peso? Qual a medida? Qual a escala? Quem fica responsável pela norma ISO, a partir da qual será possível separar o que é bom do que é mau?
Gostaria de relatar um caso que escutei na rádio – Antena 2, pelo qual se pode entender melhor o que digo.
No decorrer do programa da manhã, estando Gabriela Canavilhas e um outro convidado em estúdio, em determinada altura surge o tema música portuguesa.
Gabriela, quando questionada sobre Sérgio Godinho, sobre o que achava da música produzida por ele, ela não foi capaz de dizer abertamente o que achava. Fechou-se num silêncio revelador da sua opinião. Acabando por dizer que para ela música não é bem isso.
Goste-se ou não do Sérgio, devemos questionar.
E se nos meios de decisão de edição / produção só existissem opiniões como as da Gabriela?
Compreendo que presentemente temos a ditadura do dinheiro, mas se o critério for o da “qualidade” não estaremos perante uma outra ditadura?
Eu como decisor sobre a edição / produção do trabalho de Tony Carreira ou Quim Barreiros, eu decido não.
No entanto pergunto se alguém tem o direito de negar o acesso a esses trabalhos segundo “determinados critérios de qualidade”.
Também sei que o contrário não é verdade. Veja-se o caso da televisão.
O produto rentável é a novela. Existe algo mais para lá das novelas?
No entanto pergunto porque não posso eu assistir a cinema, teatro, música Jazz na TV?
Penso que tem que existir ambas as opções. Cabe depois a cada um de nós a decisão do que quer ver ou escutar.
GRITOMUDO
A canção é notável. Muito bem resgatada, muito bem mesmo…
ResponderEliminarA questão comercial da música é a mesma de tudo aquilo que está ao nosso redor. Que cada um saiba ter prazer naquilo que escuta/consome. Mas, que não sou pela ditadura das maiorias em termos de gostos, não.
Obrigado e abraço!
Mais um excelente post. Com bom senso e bom gosto.Bem haja quem assim escreve!
ResponderEliminarGosto muito desta canção embora não me lembre de a ter ouvido no festival.Ouvi-a muitas vezes posteriormente. Deixa-me que te diga que gosto muito da música francesa, nomeadamente daquela que ouvia nas décadas de sessenta e setenta e que fizeram as delícias da minha juventude. Acho até que foi um período de oiro da canção e do cinema franceses.
Quanto ao tema principal do teu post,os conceitos de bom e de mau são muito subjectivos e ainda não obedecem a outras normas, neste caso,creio, que não sejam as do lucro das editoras quer discográficas, quer livreiras.Infelizmente! No que aos livros concerne, repara na proliferação de " boas obras" que por aí há.
O meu bom gosto, e o de muitos mais, se de bom gosto se pode falar, está relacionado com um certo tipo de educação e instrução a que tive acesso.Havia gira-discos em casa e iam-se comprando uns Lp ou uns 45 rotações ( Leo Ferré,Jacques Brel, Francoise HardY...)uns livrinhos, umas revistas ( Salut les Copains... )
Continuo fiel a Adriano Correia de Oliveira, Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Jorge Palma...
Poderia falar-te ainda do moderno bom gosto das novelas e dos programas da vida real, os reality show, mas o comentário já vai longo.
Que os dedos nunca te doam!
Beijinhos
O que é rendível em detrimento da qualidade é cada vez mais frequente e lamentável.Um bom momento musical o que proporcionas a quem por aqui passa.
ResponderEliminarBeijinho
Na verdade por cada bom autor, há decerto muitas dezenas de medíocres...POIS!!!
ResponderEliminarQuanto à canção francesa só posso subscrevo o que escreves. Apenas acrescento que algumas conseguem deixar-me de rastos.
Um abraço
Uma boa canção. Inesquecível.
ResponderEliminarBjos
Às vezes tenho a sensação que tudo, tudo se move neste mundo apenas por dinheiro, pelo lucro fácil e imediato. Com as pequenas excepções daqueles que ainda sabem o que é ética, mas que são chamados ou tolos ou marginais...
ResponderEliminarAssiti a muito poucos festivais da canção e, consequentemente, da eurovisão.
ResponderEliminarPor essas alturas estive ausente do país por sete anos, faseados; passava cé pequenos períodos, às vezes não chegava a um ano.
Mas assisti a este, e lembro-me bem da canção vencedora.
Claro que foi transmitida até à exaustão. Alguém se lembra dela hoje em dia???
Fama fácil e rápida desaparece num piscar de olhos. O que é bom fica para sempre.
No caso dos concursos há toda uma máquina promocional por trás - ganha o que tem mais apoios, não o que mais merece.
Ouço muito pouco rádio (como vejo pouquíssimo televisão). Tenho CD's que cheguem e música no PC para ouvir quando quero.
A música que transmitem na rádio vai ao encontro do gosto das maiorias.
No meu tempo...dizia-se - "o gosto também se educa"...
E mais não digo!
Foi bom recordar esta bela canção francesa. Obrigada!
Beijinhos de muita amizade
Mariazita
Caro “Pinguim”
ResponderEliminarFico muito contente por teres gostado da canção e sobretudo por revelares que gostas de música francesa.
Na verdade eu também sou um admirador da música de expressão gaulesa e tenho andado com vontade de colocar alguns posts sobre ela.
Esta nossa coincidência de gostos é, sem dúvida, um bom incentivo para mim.
Obrigado.
Abraço
Caro “Grito Mudo”
ResponderEliminarAntes de tudo o mais, obrigado pela visita e pela brilhante e importante reflexão que nos colocou.
Será muito difícil discordar da lucidez das posições que aqui expressou de forma tão brilhante.
Na verdade quando, na arte, se pretende impor algo aos outros, em nome da qualidade, é muito difícil não colocar nessa imposição o próprio gosto.
Concordo consigo, portanto quanto à necessidade de se ter a abertura de espírito necessária à visualização de todos os estilos e de todos os géneros. No limite, de todas as coisas!
No entanto, terei de dizer que há, apesar de tudo, de todas as subjectividades, há ,de facto, algumas bitolas e padrões de aferição.
Desde logo pelo adquirido civilizacional. A riqueza harmónica, melódica e rítmica de uma composição de Jacques Brel, estará obviamente num patamar superior ao da pobreza dos “sol e dó” que nos são propostos por Emanuel!
A riqueza linguística e poética dos textos de um Ary dos Santos estará decerto para além da quase infantil simplicidade dos versos do popular Tony Carreira.
Mas, o que eu critiquei não foi a coexistência de vários níveis qualitativos (que podem subjectivamente diferir de pessoa para pessoa e até de circunstância para circunstância), o que eu critiquei e critico é a insistência deliberada e continua dos nossos meios de comunicação, na promoção quase exclusiva de trabalhos musicais que, digamos assim, face ao histórico da nossa cultura, não representam qualquer evolução ao que já foi feito anteriormente.... antes pelo contrário!
Entendo que o gosto se cultiva e a sensibilidade se apura, e que só o conhecimento de várias realidades e da própria História pode contribuir para esse “crescimento”.
A actual falta de divulgação de determinados géneros musicais, a aposta das editoras em considerar a música como um objecto de consumo rápido é que eu acho nociva. Há de facto, neste momento, uma ditadura de gosto que nem sequer se preocupa já em fingir preocupações qualitativas.
Sinto que as mudanças ocorridas nas últimas décadas, têm vindo a amputar gradualmente a possibilidade de as sucessivas gerações alargarem os seus horizontes culturais, privando-os do conhecimento de muitas coisas.
Só se pode gostar do que se conhece. Só se pode optar se se tiver múltiplas escolhas.
Quando eu era adolescente tive a feliz oportunidade de ouvir nas rádios nacionais música portuguesa, francesa, espanhola, italiana, brasileira e sul-americana em geral, para além da já então muito apreciada anglo-saxonica. Hoje essa diversidade já praticamente não existe, nas nossas rádios!
Tive oportunidade de ver na televisão peças de Teatro, Óperas e concertos clássicos, para além de programas formativos sobre música. Recordo não só o de Bernstein e as master classes de Elizabeth Schwarzkopf, mas também os de Atalaya, de Freitas Branco e de Vitorino de Almeida. Hoje, e ainda bem que recorda Gabriela Canavilhas, só na Antena 2 se consegue ter algo de formativo nesta área, muito embora eu tenha bastantes dúvidas sobre os efeitos das mudanças ocorridas naquela estação após a chegada da dupla João Almeida/Rui Pego.
Não esqueço os programas da RTP de música popular de Pedro Homem de Mello e de Michel Giacometti e mesmo os de recuperação semanal de êxitos da música ligeira de décadas anteriores (melodias de sempre). Hoje confunde-se musica popular com música pimba, parecendo andar desaparecida, a cançoneta de raiz etnológica.
De dança, igualmente na RTP, vi os programas de Luna Andermatt e mesmo os importados de Margot Fonteyn!
E de poesia os de Maria Germana Tanger, Maria Alberta Meneres, João Villarett e de David Mourão Ferreira.
Hoje poesia e dança são tratados em situações pontuais ou remetidos simplesmente para as chamadas “agendas culturais”.
Pertenço de facto a uma geração que, apesar da ditadura terrível em que viveu, nalguns aspectos acabou por ser privilegiada. Posso não ter aproveitado a oportunidade devidamente, mas o certo é que foram postos à minha disposição meios que possibilitam olhar o mundo de inúmeros pontos de vista.
Creio que os nossos adolescentes de hoje não terão a mesma sorte! Vá-lhas a interntet e o seu eventual espírito de curiosidade!
Não gostaria que Tony Carreira ou qualquer outro cantor do género, se visse impedido de fazer a sua carreira. O que eu não gosto é olhar para o panorama musica actual e ver que o standard existente está cada vez mais parecido com os níveis de música de feira dos meus tempos de juventude.
Bom, e não me alongando mais, renovo os meus agradecimentos pela sua passagem por este pequeno espaço, e registo com satisfação que, apesar das diferenças de realce que poderemos dar a um ou outro ponto desta problemática, acho que no global as nossas opiniões acabam por convergir!
Um abraço.
Caro Sócrates da Silva
ResponderEliminarExactamente como referi para o nosso amigo "Grito Mudo", o que se passa é que vivemos dominado por uma ditadura de gosto, imposta por editoras e meios de comunicação que dão preferência a um tipo de "música" de usar e deitar fora.
O objectivo é manter o cliente a comprar permanentemente!
Será que exagero??? Espero que sim, gostaria muito, neste caso, de não ter razão!
Fico feliz por ter gostado da canção! Brevemente mais música fencesa andará por aqui!
Um abraço!
Amiga "Sophiamar"
ResponderEliminarGrato pelas tuas palavras sempre simpáticas.
Como dizes e bem, a modulação do gosto vem da educação!
O grande problema é que hoje em dia, o conhecimento de muitas coisas é, pura e simplesmente, afastado dos mais jovens!
E isso, independente da subjectividade do que se gosta, dá-lhes logo um handicap na sua percepção do mundo e da evolução cultural da humanidade.
A acrescentar à estratégia das editoras, há também a demissão de muitos pais e a fraqueza das escolas.... Ando pessimista, como vês!
Entretanto, parece que andámos a ouvir os mesmos discos...
Como já disse a outros amigos, vou começar a trazer aqui, com mais frequência a música francesa....
Recordar é viver...
Um beijinho com amizade!
Amiga "Um certo olhar"
ResponderEliminarFico feliz por teres gostado da canção e por te ver por aqui!
Há como se vê uma percepção generalizada de que a qualidade vai ficando afastada, cada vez mais dos objectivos das editoras.
Quando a música é olhada como um negócio como outro qualquer, o resultado é este...
Um beijinho amigo
Caro Luis Galego
ResponderEliminarNo meu caso a música francesa tem exactamente o mesmo efeito que em ti... algumas põe-me mesmo de rastos...
Vou a breve prazo trazer algumas dessas... Veremos se coincidimos nas impressões!
Um abraço
Amiga Mia
ResponderEliminarAinda bem que gostas da canção.
30 anos depois, é ainda para mim uma excelente recordação... e será.
Um beijinho amigo!
Amiga Justine
ResponderEliminarInteressante observação!
De facto hoje em dia, não seguir os padrões vigentes, ter exigências, querer manter-se a um padrão elevado é considerado excentrico, perigoso e possivelmente marginal!
Penso que é bom mostrar que não tem que ser assim!
Obrigado pela visita!
Beijinho!
Amiga Mariazita.
ResponderEliminarEm primeiro lugar voto de boas férias!
E foi bom ter recordado a "maxima": "O gosto também se educa!"
Penso que se for aceitável que o papel das editoras seja simplesmente fazer lucro, então deveria haver um papel supletivo do Estado através das rádios e televisões públicas e dos contratos de concessão de alvará das rádios e televisões privadas.
E das Escolas!
E dos Pais!
Nós aqui nos nossos blogs bem clamamos por um panorama mais saudável... Será que alguma vez seremos ouvidos!
Um beijinho!
Admirável Amigo:
ResponderEliminarSabe, fez-me reviver com emoção tempos de outrora.
Fiquei boquiaberto recordando tempos de infância inesquecíveis.
Olhe, sempre fui um elitista e conhecedor da música pela qualidade.
DEsculpe, esta imodéstia.
Chegava ao ponto de "modernizar" os meus LPs fora do nosso país. Não os encontrava em Portugal. Isto são outros assuntos de que um dia lhe falarei se quiser aturar os meus devaneios.
Hoje, os elogios são para si. Todos. Tem uma forma fantástica de estar na vida.
Faz de forma sublime recordar e recordar é importante com qualidade ou sem qualidade musical.
Excelente, amigo.
A Eurovisão mais tarde assumi não ser de qualidade, mas sim, tratar-se de um "bonitinho" de que se gosta pelo impacto e presença dos países envolvidos num espectáculo afamado internacional, muitas vezes de carácter comercial, publicitário e político.
Parabéns. Gostei muito.
Abraço forte de amizade.
Sempre a admirar o que faz
pena
Agradeço a sua chamada de atenção para determinada música francesa, presentemente tão esquecida. Gostaria apenas de recomendar a audição no Youtube, de uma cantora fabulosa chamada Frida Boccara, infelizmente já desaparecida. Gosto muito do seu blogue.
ResponderEliminarAmigo Pena
ResponderEliminarGrato pelas suas palavras e fico feliz por partilhar também quer o gosto pela boa música quer o prazer pelas recordações das melodias da nossa juventude.
Bem haja pela simpatia e generosidade das suas palavras.
Um abraço.
Cara M. Júlia
ResponderEliminarGrato pelas suas palavras e também pelo seu alerta quanto a Frida Boccara. Trata-se de uma cantora de que gosto muito e cuja carreira acompanhei o melhor que pude a partir de 1969 com "Un jour, un enfant" e "Belle de Luxembourg". Tenho alguns discos seus em vinil e CD e, creia-me, virá a ser decerto objecto futuro de um post neste blog.
Grato pela sua lembrança, tão oportuna!